sexta-feira, 25 de julho de 2008

EU OUVI DEUS

Outro dia eu levantei chateada já pensando nos inúmeros problemas que eu tinha para resolver naquele dia, um gosto amargo na boca, dores pelo corpo e uma angústia esquisita me invadia a alma e dizia que eu não havia dormido bem. Eu não tinha idéia por onde começar...
Quando saí para a rua fui surpreendida por um dia maravilhoso, um sol gostoso iluminava um céu azul quase sem nuvens, e eu tive a impressão de que Deus queria falar comigo.
Continuei caminhando e, nas árvores da praça perto de casa, dezenas de passarinhos cantavam alegres e disputavam alimentos com uma barulheira festiva, e senti que Deus queria falar comigo.
Olhei para as flores daquele jardim e me lembrei de Jesus falando aos antigos:(LC12:27)"Olhai os lírios no campo, como eles crescem; não travbalham, nem fiam; e digo-vos que nem ainda Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles" E mais uma vez senti que Deus queria falar comigo.
Angustiada com meus pr
oblemas que pareciam ser os mesmos de sempre, parecia que eu nunca iria sair daquele círculo de aflições, quando percebi que minhas pernas estavam me levando por todos os lugares que eu queria, mesmo sem eu ordenar nada, que meus braços eram fortes e eu poderia utilizar essa força para o trabalho, e que meu cérebro possuía ainda um raciocínio rapido, e mais uma vez percebi que Deus queria falar comigo.
Percebi então, quanto tempo eu estava perdendo amando quem não me amava, trabalhando onde não me sentia feliz, fazendo coisas somente para agradar que nunca mereceu, desejando coisas que eu nem sabia se me fariam felizes, buscando um Deus da guerra para vencer meus inimigos, quando Deus é só amor.
Então compreendi que a felicidade está onde nós estamos, onde está o nosso coração e nesse dia EU OUVI DEUS. Aproveitei para fazer uma prece...
O cansaço é imenso e a estrada ainda tão longa! Deixe-me sentar à beira do caminho por um instante e acreditar que neste ato de provisório abandono, Tu me sustentas com amor inigualável.
Se meu coração está árido como solo ressequido Tu o suavizas com chuvas amenas.
Se tudo em mim se traduz numa dor surda, tu me tocas com sons celestiais.
Se choro e me entrsteço, tu enxugas as minhas lágrimas e afagas o meu coração com a delicadeza de uma brisa matutina.
Se me debato na miséria humana e nas minhas próprias misérias, tu me renovas e me dignificas porque és perdão infinito.
Se perco a esperança e a fé, do outro lado do túnel negro da minha descrença, tu me acenas com luz intensa.
E se por fim, o meu estado é tão lastimável que entorpecida, de ti eu me esqueça por completo, ainda assim me sustentas nestas horas críticas, até que cesse o turbilhão!
Da beira do caminho eu me levanto...
O cansaço se transforma numa vontade imensa de caminhar. A estrada já não parece tão longa, ao contrário, se me afigura agora uma alameda de cores e flores que quero trilhar palmo a palmo
OBRIGADO, PAI!
És meu refúgio permanente, único caminho que me permite encontrar a paz!
Que a PAZ esteja em vosso coração....

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